quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pele e cabelos sofrem com a baixa umidade do ar e exigem cuidados redobrados

Não é preciso sofrer de doenças respiratórias para sentir os efeitos negativos da baixa umidade do ar que atingiu o país. O clima desértico que deixou vários estados em situação de emergência também afeta pele, cabelos e mucosas.
Ao longo do dia, a pele perde água para o ambiente, e quanto mais baixa a umidade, maior a perda", diz o dermatologista Adilson Costa, responsável pelo Ambulatório de cosmiatria da PUC Campinas.
Quem tem tendência a ter pele, unhas e cabelos ressecados sofre ainda mais, já que as células da epiderme estão desestruturadas. Além da aparência desleixada e da sensação de repuxamento, uma pele desidratada também fica mais suscetível a infecções e dermatites. "A pele é uma barreira de proteção, mas para funcionar bem, precisa estar íntegra", diz Marcelo Bellini, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira e Academia Americana de Dermatologia.

O creme certo

O jeito mais prático e eficiente de combater os efeitos da estiagem é caprichar na hidratação. Mas não vale qualquer produto. Mesmo os hidratantes mais poderosos podem não ser os mais indicados para esse clima em especial. É o caso dos umectantes, que precisam de uma umidade igual ou superior a 70% para funcionar.
Nesta categoria, estão os cremes à base de ureia, ácido hialurônico, pantenol, Na-PCA, glicerina, lactato de sódio e lactato de amônia. "Esses ativos agem de duas formas: puxando água da camada mais profunda da pele e levando para a camada mais superficial, e também puxando água do meio ambiente, o que não acontece num ambiente seco", explica Adilson.
Os produtos ideais nessas ocasiões são os oclusivos, que formam uma camada protetora sobre a pele e que devem ser passadas com a pele ligeiramente úmida, e os emolientes, mais modernos e completos.
Entre os emolientes mais eficientes, estão as ceramidas, a dimeticona, os ômegas 3 e 6, os óleos vegetais e a vitamina E. "Esses ativos funcionam independentemente do ambiente, e agem aumentando a coesão entre as células da camada córnea, o que resulta em uma maior resistência física da pele", diz Adilson.
O dermatologista Marcelo Bellini também recomenda espaçar ou até suspender as esfoliações. "A pele está mais sensível, e a esfoliação vai aumentar o risco de irritações e rachaduras. Mesmo quem tem pele oleosa deve diminuir a frequência para no máximo uma vez por semana."

Fios de seda

Os cabelos também devem ser hidratados. Apesar de a baixa umidade reduzir o frizz, os fios ficam mais secos e desvitalizados. É preciso repor a oleosidade perdida com xampus e condicionadores hidratantes, além de finalizadores sem enxágue. "Nessa época, é melhor evitar xampus anti-resíduos, que retiram demais a oleosidade natural dos fios", completa Marcelo.

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